O fim do ano é um momento bastante delicado para as empresas. Ao mesmo tempo que existe a cobrança por resultados para alcançar as metas estabelecidas, é o momento para parar, refletir e pensar no que vai acontecer no próximo ano.
Como fazer isso neste momento tumultuado de fechamento do ano?
Existem diversos modelos para realizar um planejamento prático, otimizando o tempo dos empresários e principais lideranças.
Gostamos de destacar três modelos:
1. Balanced Scorecard (BSC)
2. Objectives and Key Results (OKR)
3. Planejamento Construtivo (processo desenvolvido pelo Conselho Construtivo)
1. Balanced Scorecard (BSC)
É uma metodologia de medição e gestão de desempenho desenvolvida pelos professores da Harvard Business School (HBS) Robert Kaplan e David Norton, em 1992.
Possibilita fazer a gestão do planejamento estratégico de uma empresa que busca:
– Comunicar o que a empresa almeja realizar;
– Alinhar as entregas do dia-a-dia dos colaboradores à estratégia;
– Priorizar projetos, produtos e serviços;
– Medir e monitorar o progresso em direção ao atingimento dos objetivos estratégicos.
O BSC conecta os principais elementos da estratégia, como o propósito, missão, visão e valores fundamentais, com áreas de foco tático e operacionais (atividades de melhoria contínua).
É monitorado através de indicadores de desempenho (KPIs), que mensuram as metas (nível de desempenho desejado) e iniciativas (projetos que ajudam a alcançar seus objetivos).
Para empresas bastante sólidas e que estão em mercados mais estáveis, é uma excelente ferramenta pois permite fazer a manutenção e o aprimoramento da estratégia. As metas são anuais com revisões semestrais. É um modelo mais engessado que permite uma menor margem para revisões de curto prazo.
2. Objectives and Key Results (OKR)
A ferramenta Objectives and Key Results (OKR) tem como objetivo realizar o planejamento tático e o alinhamento do seu time para trabalhar em torno de objetivos e metas.
A técnica foi primeiramente implementada em 1970 pelo Andy Grove, presidente da Intel. Mas foi o Google que deu enorme atenção, e atualmente, está se espalhando como um “incêndio” para muitas empresas. A exemplo de organizações do Silicon Valley como Google, LinkedIn e Zynga.
Com o OKR é possível trabalhar metas de curto prazo (3 meses) dando agilidade e flexibilidade nas ações. Também permite utilizar linguagens que transmite a cultura organizacional da empresa.
O processo simplifica bastante o alinhamento da equipe assim como a implementação e eventuais ajustes.
Importante dizer que, para a implementação do BSC e OKR é preciso que haja uma cultura de planejamento já instaurada.
É necessário que os sócios já tenham clareza de qual é o Planejamento Estratégico da empresa. Também é fundamental que já exista uma rotina de alinhamento entre os sócios e principais lideranças. Somente desta forma será possível ter a efetividade na construção dos objetivos e dos resultados esperados.
3. Planejamento Construtivo
O melhor modelo é aquele que funciona. Não importa se será utilizado o BSC, OKR, Canvas, entre tantas outras opções disponíveis no mercado. O processo para o planejamento precisa fazer sentido para a empresa. Para tanto é necessário que a organização seja compreendida de forma estruturada.
É fundamental identificar como os sócios e lideranças tomam decisões. Está adequado? É necessário fazer ajustes? Que tipo de ajustes se justifica levando em conta o mindset do principal líder?
Quando existe um Conselho Administrativo, geralmente os objetivos são levados ao CEO de forma clara e objetiva. Ou seja, se o CEO está sendo cobrado por aquelas metas, basta desdobrar ao restante das lideranças e colaboradores utilizando o BSC ou o OKR.
E quando não existe esta cultura de alinhamento e planejamento estratégico? E quando é o empresário que está à frente de todas as tomadas de decisões? E quando são vários sócios que muitas vezes estão na operação e não tem tempo para pensar e cuidar da estratégica? Neste caso, quando não existe um processo de planejamento mais estruturado, o Conselho Construtivo criou o Planejamento Construtivo tendo como ponto de partida o conhecimento profundo da situação atual da empresa.
Busca-se em primeiro lugar entender como o principal líder ou principais sócios tomam decisões e qual a cultura organizacional da empresa.
Caso ainda não exista alinhamento da visão de longo prazo, construímos a visão através da história da empresa e principalmente o propósito que está por trás desta jornada.
Este é apenas o começo pois o restante tem que ser construtivo, desde a promoção de ajustes do mindset do principal líder, como também no estabelecimento de uma mudança gradativa, através do desenvolvimento das lideranças e colaboradores, visando a implementação de uma nova cultura organizacional baseada em foco, direcionamento, ações, resultados e meritocracia.
Por meio deste diagnóstico inicial conseguimos identificar qual a melhor ferramenta ou método para criar um planejamento de curto prazo. Um grande diferencial do Planejamento Construtivo é que toda a execução dos objetivos e metas, que foram estabelecidos, são acompanhados através da instauração das reuniões do Conselho Construtivo, que tem o objetivo de promover o alinhamento entre os sócios e principais lideranças, tendo a empresa trabalhando como uma engrenagem.
Comece já o seu planejamento e mude os rumos da sua empresa em 2018. Inicie o ano de forma construtiva e tire todo o peso das tomadas de decisões das suas “costas”!
Fonte: Administradores